Empresas como Google, Microsoft, Meta e Apple estariam subestimando as emissões de gases de efeito estufa geradas por seus centros de dados, que podem ser até 7,62 vezes superiores aos números divulgados por essas companhias.
Estima-se que uma consulta ao ChatGPT consome 10 vezes mais eletricidade do que uma busca no Google. Além disso, a demanda por eletricidade dos data centers pode aumentar 160% até 2030.
As empresas alegam utilizar energia limpa ao adquirir certificados de energia renovável (RECs), mas esses certificados muitas vezes não refletem a energia realmente consumida, o que pode distorcer os dados e criar uma falsa impressão de responsabilidade ambiental.
Elas costumam divulgar emissões “baseadas no mercado”, que são mais baixas, utilizando esses RECs, enquanto as emissões “baseadas na localização” — as efetivamente geradas nos locais dos data centers — são muito mais elevadas. A Meta, por exemplo, relatou oficialmente 273 toneladas de CO2, quando as emissões reais foram mais de 19 mil vezes maiores, atingindo 3,8 milhões de toneladas.
Isso levanta preocupações sobre o impacto real das emissões no clima, além de questionamentos se as empresas serão capazes de cumprir suas metas de redução de emissões à medida que expandem suas operações de IA.
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