Google pode ser dividido? Entenda o novo julgamento da big tech

Nesta semana, começou o segundo julgamento antitruste contra o Google na Virgínia, onde um juiz federal analisa se a gigante da tecnologia monopolizou ilegalmente a indústria de publicidade digital. Este caso pode impactar significativamente a principal fonte de receita do Google e toda a indústria tecnológica.

Após perder um julgamento anterior sobre seu domínio no setor de buscas online, o Google enfrenta agora um processo que foca especificamente em sua tecnologia de anúncios digitais. O Departamento de Justiça dos EUA busca soluções que incluam a divisão de partes do negócio e a venda de tecnologia publicitária do Google.

O caso, iniciado em janeiro de 2023, alega que o Google estabeleceu um monopólio via aquisições estratégicas, como a compra da DoubleClick em 2007 por US$ 3,1 bilhões, que lhe deu controle substancial sobre o mercado de anúncios digitais.

O Google posteriormente adquiriu outras empresas, como Invite Media e AdMeld, ampliando seu domínio tanto na oferta quanto na demanda de publicidade online.

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Reguladores antitruste acusam o Google de dominar os mercados de tecnologia que operam anúncios – Imagem: Ian Dewar Photography/Shutterstock

Acusações contra o Google em novo julgamento

A advogada do Departamento de Justiça, Julia Tarver Wood, argumenta que o Google criou uma “tríade de monopólios” por meio de suas aquisições, enquanto a defesa do Google, liderada por Karen Dunn, contesta essa visão, alegando que o governo tem uma compreensão desatualizada do setor.

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O Departamento de Justiça afirma que o Google usa seu poder de mercado para inflacionar custos para anunciantes e ficar com uma parte significativa da receita publicitária, prejudicando editores e consumidores.

A reclamação sugere que o modelo do Google força editores a aumentar custos para consumidores por meio de paywalls e assinaturas.

O caso conta com depoimentos de executivos de grandes editores como Disney e New York Times, além de funcionários atuais e antigos do Google. Em sua defesa, o Google argumenta que se recusar a negociar com rivais não constitui uma violação antitruste e que o Departamento de Justiça não está definindo corretamente o mercado.

O julgamento, presidido pela juíza Leonie Brinkema, originalmente deveria ser decidido por um júri, mas o Google pagou mais de US$ 2 milhões para resolver alegações relacionadas à cobrança excessiva de agências federais, evitando assim um julgamento com júri.

O Google já recorreu da decisão de um julgamento antitruste anterior sobre seu domínio em buscas online, e as possíveis penalidades continuam indefinidas.

Novo julgamento contra o Google foca em monopólio da empresa em anúncios digitais (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

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