Pesquisadores da Universidade de Tecnologia do Sul da China conseguiram realizar um feito impressionante: realizaram uma transfusão de sangue entre espécies diferentes com sucesso. Isso foi possível graças a uma nova nanotecnologia. Trata-se de um minúsculo revestimento de silício que funciona como uma “capa” para células sanguíneas e as camufla na corrente do receptor.
A invenção pode ajudar a lidar com períodos de escassez de sangue, além de permitir a manutenção de órgãos doados saudáveis usando muito menos quantidade. Os resultados da pesquisa foram divulgados na revista científica PNAS.
“Capa” para células sanguíneas permite transfusão de sangue entre espécies
Uma transfusão de sangue humano para um camundongo foi um sucesso em nova pesquisa. Para conseguir esse feito, cientistas criaram uma minúscula “capa” para células sanguíneas usando nanotecnologia.
Composta por silício, esse revestimento cobre as proteínas de superfície das células usadas para reconhecer tipos sanguíneos.
Isso permite que as células – até mesmo de outras espécies – se camuflem na corrente sanguínea e não sejam reconhecidas como invasoras.
No experimento, as células com “capas” agiram como células vermelhas do sangue nuas, funcionando do mesmo modo que as comuns.
Segundo os pesquisadores, o sangue silicificado também tem maior resistência, pode ser armazenado por mais tempo e é eficaz em driblar o sistema imune do corpo.
Leia mais:
Ciberataque gera onda de doações de sangue no Reino Unido; entenda o motivo
Cientistas criam bilhões de nanorrobôs para combater aneurismas cerebrais
Não gosta de agulhas? Essa pode ser a solução para exames de sangue
A tecnologia vai ajudar a manter órgãos doados saudáveis
Para manter um órgão doado saudável até a cirurgia, é preciso mantê-lo em processo de bombeamento artificial de sangue. Atualmente, esses mecanismos consomem grandes volumes de líquido sanguíneo. A nova tecnologia de “capa” pode ajudar a resolver esse problema também.
Os fluidos revestidos permitem a conservação de órgãos com menos sangue e até mesmo com fontes animais. Um experimento de transplante de fígado em um rato comprovou a eficácia do sistema. A equipe destaca no artigo que os glóbulos vermelhos revestidos de silicone representam uma alternativa promissora para atender à crescente demanda por sangue, proporcionando uma solução segura e eficiente.
A tecnologia está em estágios iniciais de desenvolvimento e precisa passar por várias etapas antes de ser aprovada para uso humano.
O post Nova nanotecnologia permite transfusão de sangue entre espécies apareceu primeiro em Olhar Digital.
Deixe um comentário