Pesquisadores analisaram quais são os predadores mais mortais do nosso planeta. A conclusão foi que espécies que caçam de forma solitária, como ursos e tigres, matam mais do que animais que costumam caçar em grupo, caso de lobos e leões. Além disso, a equipe descobriu que espécies menores, como chitas e pumas, tendem a matar relativamente mais presas e que suas vítimas são frequentemente roubadas por carnívoros maiores.
Análise se concentrou em grandes carnívoros terrestres
Segundo os cientistas responsáveis pelo trabalho, essas informações permitem entender melhor como diferentes predadores afetam seu ambiente.
Também podem orientar as cotas de caça e ajudar a avaliar como os humanos afetam os carnívoros.
A pesquisa foi uma revisão sistemática e pioneira da literatura mundial sobre o comportamento predatório de grandes carnívoros terrestres.
Foram analisadas as “taxas de morte” de carnívoros, ou seja, o número de presas mortas ao longo do tempo.
No total, foram examinados 196 artigos que quantificaram as taxas de morte de carnívoros de grandes mamíferos ou relataram dados que poderíamos usar para calcular as taxas por conta própria.
A análise se concentrou em grandes carnívoros terrestres pesando 15 kg ou mais.
Também foram consideradas quatro espécies menores – coiote, carcaju, fossa (um predador parecido com um gato encontrado em Madagascar) e o diabo da Tasmânia – já que todos são considerados predadores de ponta em certas regiões e ecossistemas.
Os resultados foram descritos em estudo publicado na revista Biological Reviews.
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Diferenças na forma de caça de animais carnívoros
Os pesquisadores identificaram que as taxas de morte diferem entre carnívoros com diferentes estruturas sociais e estratégias de caça. Predadores sociais, como lobos e leões, tendem a matar menos animais do que caçadores solitários, como ursos, tigres e linces da Eurásia.
A explicação é que matilhas de lobos maiores podem derrubar animais grandes, como bisões, com mais facilidade. Da mesma forma, grupos de chitas podem enfrentar presas maiores do que animais solitários. Mas isso significa que eles não precisam caçar com tanta frequência, reduzindo o número de vítimas.
Trabalhar em equipe também pode reduzir as perdas de presas para outros animais, já que estes grupos podem defender melhor suas caças. Além disso, o maior número ajuda na hora de roubar a presa de outros animais, especialmente os que agem sozinhos.
Outra descoberta foi que predadores como lobos e cães selvagens africanos geralmente percorrem longas distâncias para encontrar comida. Isso significa um alto gasto de energia. Por isso, estes animais precisam caçar presas maiores, para compensar a energia usada na caça. Carnívoros menores, por outro lado, como chitas e pumas, geralmente matam mais presas, mas consomem apenas cerca de metade do que caçam.
O post Predadores solitários matam mais do que animais que caçam em grupo, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.
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