Um novo estudo da Oregon Health and Science University (OHSU) indica que posicionar eletrodos de desfibrilação no peito e nas costas, em vez da configuração tradicional de apenas no peito, pode aumentar em mais de duas vezes e meia as chances de sobrevivência a uma parada cardíaca fora do hospital (OHCA).
Atualmente, a recuperação de circulação ocorre em cerca de 30% dos casos, mas apenas 10% dos pacientes sobrevivem.
Normalmente, em adultos, um eletrodo de desfibrilação é colocado no lado direito do peito, logo abaixo da clavícula e o outro no lado inferior esquerdo, abaixo da axila. Isso é conhecido como posicionamento anterior-lateral (AL). A pesquisa da Oregon University buscou descobrir se posicionar os eletrodos de outra maneira melhoraria os resultados dos atendimentos.
Detalhes do estudo sobre desfibrilação
A pesquisa analisou dados de 255 pacientes com OHCA entre 2019 e 2023, focando na eficácia do posicionamento dos eletrodos.
Dos participantes, 62% estavam com os eletrodos na configuração ântero-posterior (um no peito e outro nas costas), enquanto 38% usavam a configuração anterior-lateral.
Os resultados mostraram que aqueles com a configuração ântero-posterior tiveram 2,64 vezes mais chances de retorno da circulação espontânea.
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Os pesquisadores explicam que essa abordagem permite uma melhor distribuição da corrente elétrica pelo coração, aumentando a eficácia da ressuscitação. No entanto, eles alertam que essa técnica pode ser desafiadora em emergências, especialmente para socorristas leigos que podem ter dificuldade em mover o paciente rapidamente.
Joshua Lupton, coautor do estudo e sobrevivente de uma parada cardíaca, ficou surpreso com a magnitude dos resultados e sugeriu que isso poderia estimular mais pesquisas na área, promovendo uma melhor compreensão das melhores práticas para o manejo de paradas cardíacas.
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