Apenas um dia após uma série de explosões de pagers, walkie-talkies do grupo Hezbollah também foram detonados nesta quarta-feira (18) no Líbano, deixando 14 mortos e centenas de feridos, segundo informações atualizadas divulgadas pelo Ministério da Saúde do país.
Alguns dispositivos foram detonados em funerais de vítimas do primeiro ataque, afirma a agência de notícias Associated Press. Os ataques aconteceram no sul do país e na capital Beirute.
‘Walkie-talkies’ do Hezbollah detonados no Líbano
Dezenas de explosões foram registradas. Imagens de incêndios e de aparelhos destruídos também circulam na internet. A detonação coordenada aconteceu no fim da tarde e por volta de 11:30 (horário de Brasília).
A mídia libanesa informou que sistemas de energia solar de casas e aparelhos usados para biometria também explodiram.
Israel foi novamente apontado pelo Líbano e Irã como responsável pelo ataque que feriu cerca de 450 pessoas, aumentando o clima de tensão na região. O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, também se manifestou condenando o uso do aparelho que permite se comunicar usando ondas de rádio “como arma de guerra”.
Fontes do governo libanês ouvidas pela Reuters revelaram que os walkie-talkies que explodiram foram comprados há cerca de cinco meses, mesma época dos pagers detonados na terça (17) usados pelo Hezbollah para dificultar o rastreio da comunicação.
O governo libanês se reúne no Conselho de Segurança da ONU nesta sexta-feira (20) para discutir os ataques. O Ministério das Relações Exteriores do país afirmou que prepara uma queixa formal para apresentar após os ataques que deixaram milhares de pessoas feridas.
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O que motivou a detonação de pagers e walkie-talkies no Líbano?
O Hezbollah é um dos aliados do grupo Hamas, que trava uma guerra que completa um ano em outubro contra Israel na Faixa de Gaza. A tensão aumentou nas últimas semanas após um novo ataque do grupo a cidades israelenses.
Israel ainda não fez nenhuma declaração oficial sobre o ocorrido. O chefe das Forças de Defesa de Israel, o general Herzi Halevi, declarou apenas que o país tem “muito mais capacidades” para lutar contra o Hezbollah.
O ataque veio logo após líderes israelenses ameaçarem intensificar suas operações contra o Hezbollah, aumentando as especulações de que os ataques foram uma resposta direta às recentes hostilidades. A comunidade internacional teme que as detonações provoquem ainda mais tensão no Oriente Médio.
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